Microalgas alimentam-se de CO2 para produzir biopetróleo

Uma grande quantidade de tubos de oito metros de altura, perto de Alicante, no leste da Espanha, macera o que pode ser o combustível do amanhã: biopetróleo produzido com as microalgas que se alimentam do anídrido carbônico lançado por uma fábrica vizinha.
Cerca de 400 tubos de cor verde escura nos quais crescem milhões de microalgas estão localizados em uma planície dessa região do leste da Espanha, perto de um cemitério, que expele CO2, um gás que é capturado e levado por meio de tubulações até a pequena fábrica de biopetróleo.
Pesquisadores franceses e espanhóis da pequena empresa Bio Fuel Systems (BFS) desenvolvem há cinco anos este projeto, ainda experimental.
Em um momento em que os industriais buscam soluções criativas como alternativas para o petróleo, a ideia é reproduzir e acelerar um processo que durou milhões de anos e permitiu a produção de petróleo fóssil.
"Tentamos simular as condições que havia há milhões de anos, quando o fitoplâncton transformou-se em petróleo. Dessa forma, obtivemos um petróleo equivalente ao petróleo atual", explica o engenheiro Eloy Chapuli.
As microalgas, procedentes de uma dezena de cepas mantidas em segredo, foram recolhidas do mar Mediterrâneo e do Oceano Atlântico.
Nos tubos, reproduzem-se em grande velocidade, desdobrando-se diariamente por fotossíntese e graças ao CO2 emitido pelo cemitério.
Todos os dias, uma parte desse líquido muito concentrado é extraída e filtrada, permitindo a obtenção de uma biomassa que produzirá petróleo. A água restante volta a ser introduzida nos tubos.
Para seus inventores, a outra grande vantagem desse sistema é que ajuda a acabar com a contaminação: absorve CO2 que, de outra forma acabaria na atmosfera.
"É um petróleo ecológico", assegura o presidente e fundador da BFS, o engenheiro francês Bernard Stroïazzo-Mougin, que trabalhou em campos petrolíferos no Oriente Médio antes de se instalar na Espanha.
A fábrica de Alicante ainda tem mais de laboratório do que de fábrica. "Ainda precisaremos de cinco a 10 anos mais para passar a uma produção industrial", assegura Stroïazzo-Mougin, que espera poder desenvolver no curto prazo um primeiro projeto em grande escala no sul da Espanha e outro na ilha portuguesa de Madeira.
"Uma unidade de cerca de 50 km por 50 km, o que não é algo muito grande nas zonas desérticas do sul da Espanha, poderia produzir em torno de 1,25 milhões de barris diários", ou seja, quase tanto como as exportações cotidianas de petróleo iraquiano, afirma o engenheiro.
A BFS, uma empresa de capital privado, busca agora negociar com "vários países para que patrocinem a instalação de campos petrolíferos artificiais", explica seu presidente.
A empresa assegura que poderá vender seus barris a um preço competitivo, apoiando-se na venda de produtos derivados, como ácidos graxos do tipo Omega 3 obtidos a partir da biomassa.
Outros projetos semelhantes estão sendo estudados em outras regiões do mundo.
Na Alemanha, o grupo estatal sueco de energia Vattenfall lançou em 2010 um projeto de absorção por meio de algas do dióxido de carbono emitido pelas centrais que funcionam com carvão.
O gigante americano do petróleo ExxonMobil previu um investimento de até 600 milhões de dólares em pesquisas destinadas a produzir petróleo a partir de algas.
Os industriais, particularmente no âmbito aeronáutico, estão interessados nessas pesquisas, nas quais esperam encontrar soluções para substituir o petróleo clássico, cada vez mais escasso e cujos preços são variáveis.

Fonte: Uol

Reino Plantae

- Caracterização

O Reino Plantae compreende seres eucariontes, pluricelulares, autotróficos, que realizam fotossíntese. A exemplo dos animais, o organismo vegetal é constituído por células. Contudo, sua organização é bastante diferente. Se seus órgãos têm funções paralelas às dos sistemas animais, o mesmo não pode se dizer da sua estrutura. Em relação aos animais falamos em sistemas digestório, respiratório, reprodutor, etc.; no que diz respeito às plantas, tratamos de órgãos: a raiz, o caule, a folha, a flor, o fruto e a semente.
A classificação dos vegetais possui ligeiras diferenças em relação à classificação animal. Ao invés de usar o termo Filo, usa-se o termo Divisão.
As plantas são divididas em dois grandes grupos:
  • Criptógamas (kripto, escondido): plantas que possuem as estruturas produtoras de gametas pouco evidentes
  • Fanerógamas(phanero, evidente):possuem as estruturas produtoras de gametas bem visíveis.
- Os órgãos e suas funções A raiz tem por função fixar a planta ao solo e retirar dele água e sais minerais, essenciais à vida vegetal. O caule mantém a planta ereta. Em seu interior encontram-se vasos condutores de seiva. Por seiva entende-se o líquido absorvido pelas raízes (seiva bruta) e as substâncias produzidas pela fotossíntese (seiva elaborada).
Há vegetais que não possuem vasos condutores (algas e musgos). Nesse caso, a distribuição da seiva se faz de célula a célula. A maioria, porém, é dotada de vasos condutores.
Do caule partem ramos onde se prendem as folhas, levando a seiva bruta e trazendo a seiva elaborada. As folhas são, portanto, a parte dos vegetais onde ocorre a fotossíntese. A seiva elaborada por ela produzida é distribuída todas as partes do vegetal, garantindo a sua sobrevivência.
Nas folhas também acontecem os processos de respiração e transpiração vegetal.
Flores e sementes são órgãos que se relacionam com a reprodução vegetal.

- Criptógamas

As criptógamas podem ser divididas, com base na organização do corpo, em grupos menores: 1 - Talófitas
As talófitas são plantas cujo corpo é um talo, estrutura não diferenciada em raiz, caule e folha. São as algas pluricelulares.




Um dos critérios de classificação das algas é a cor. As algas segundo esse critério são divididas em:
  • Chrorophyta (clorofíceas): as algas verdes;
  • Phaeophyta (feofíceas): as algas pardas;
  • Rhodophyta (rodofíceas): as algas vermelhas.

A importância das algas

As algas realizam a maior parte da fotossíntese que ocorre no Planeta. São, portanto, os mais importantes produtores de alimento e energia. Grande quantidade de oxigênio existente na hidrosfera e na atmosfera se deve à fotossíntese realizada pelas algas.
As algas vermelhas são ricas em iodo e constituem uma valiosa de substâncias como o ágar-ágar (utilizado em laboratório para a cultura de bactérias) e a carragenina (utilizada como estabilizador de sorvetes, pastas de dentes e doces).
2 - Briófitas
As briófitas são plantas de pequeno porte, sendo que na maioria não ultrapassa 20 cm de altura.
Vivem em ambientes úmidos e sombreados, uma vez que não são susceptíveis à dessecação.
As briófitas apresentam estruturas chamadas rizóides, caulóides e filóides que desempenham um papel semelhante ao da raiz, caule e folhas. No entanto, não têm vasos condutores de seiva; tanto a seiva elaborada quanto a bruta passam diretamente de uma célula para outra, através de suas paredes.
O grupo das briófitas tem os musgos como principal representante.




3 - Pteridófitas
As pteridófitas são as primeiras plantas a possuir vasos condutores de seiva. A existência dos vasos possibilitou às plantas a conquista definitiva do ambiente terrestre. Os vasos permitem o transporte rápido da água e sais minerais até as folhas e de seiva elaborada para as demais partes da planta.
Os principais representantes do grupo são as samambaias e as avencas.
Nas pteridófitas as folhas se desenrolam a partir do centro da planta. A reprodução é feita por meio de esporos, que freqüentemente são produzidos em soros localizados na parte de baixo das folhas (são aqueles pontinhos alaranjados que vemos às vezes nas samambaias). Ocorre alternância de gerações, sendo o vegetal adulto produtor de esporos que, uma vez no chão, dão origem a uma plantinha parecida com um coração (prótalo) e que produz os gametas. Esses se unem e vão dar origem a uma nova planta.

Fanerógamas

Nas fanerógamas os óvulos e o pólen são os gametas feminino e masculino, respectivamente. Dentre as fanerógamas temos as Gimnospermas, que produzem estróbilos como estruturas reprodutoras, que são erradamente denominados flores; e as Angiospermas, que produzem flores.
Uma flor pode ser definida, de maneira ampla, como um “ramo” modificado e adaptado à reprodução. Sobre as folhas modificadas desse ramo é que se formam as estruturas reprodutivas das plantas fanerógamas.
A semente é uma estrutura que contém em seu interior um pequeno embrião em repouso, além de grande quantidade de células e material nutritivo para garantir a germinação.
As sementes têm origem a partir dos óvulos, formados nas flores.
As fanerógamas são divididas em dois grandes grupos:
1 - Gimnospermas
As gimnospermas são as primeiras plantas a produzirem flores (inflorescências) e sementes, porém não produzem frutos (grego = gymnos = nua, grego = sperma = semente) .
As gimnospermas mais conhecidas são os pinheiros, ciprestes e sequóias. No Brasil uma gimnosperma nativa é a araucária, também conhecida como pinheiro-do-paraná.
As flores da gimnosperma são chamadas de cones ou estróbilos. Essas flores são de um só sexo, masculino ou feminino.
As gimnospermas estão mais adaptadas às regiões temperadas Chegam a formar vegetações como as taigas no Hemisfério Norte e a mata de araucária no sul do Brasil.
As sequóias são gimnospermas de grande porte e ocorrem na Califórnia (Estados Unidos). Essas plantas chegam a atingir 120 metros de altura e seus troncos podem chegar a ter diâmetro de 12 metros.
Estima-se que as sequóias atuais tenham aproximadamente 4000 anos de idade.

2 - Angiospermas

As angiospermaspossuem como característica exclusiva, a semente contida no interior de um fruto (grego angio = urna; sperma = semente). Por esse motivo são conhecidas como plantas frutíferas. As angiospermas correspondem ao grupo de plantas com maior número de espécies sobre a Terra. Ocorrem em ampla diversidade de hábitats, existindo desde espécies aquáticas até plantas adaptadas a ambientes áridos, como os cactos.
Economicamente, as angiospermas representam uma fonte de inestimável importância para o homem. Seus órgãos, como raiz, caule, folhas, flores, sementes e frutos, podem servir de alimento para a população humana. Além disso, servem, também como fontes de matéria-prima para as mais diversas atividades humanas e industriais.
As angiospermas são divididas em dois grandes grupos: o das monocotiledôneas e o das dicotiledôneas. A principal característica que permite distinguir esses dois grupos é o número de cotilédones presentes na semente. Os cotilédones são folhas modificadas que fazem parte do corpo do embrião e que podem armazenar nutrientes que serão fornecidos a ele durante os estágios iniciais de desenvolvimento. Como o próprio nome diz, nas monocotiledôneas há apenas um cotilédone por semente, enquanto nas dicotiledôneas há dois cotilédones por semente.
São exemplos de monocotiledôneas: Alho, cebola, aspargo, abacaxi, bambu, grama, arroz, trigo, aveia, cana-de-açúcar, milho, gengibre e palmeiras em geral: coco-da-baía, babaçu, etc.
São exemplos de dicotiledôneas: Vitória-régia, eucalipto, abacate, rosa, morango, pêra, maçã, feijão, ervilha, goiaba, jabuticaba, algodão, cacau, limão, maracujá, cacto, mamona, mandioca, seringueira, batata, mate, tomate, jacarandá, café, abóbora, melancia, etc.

A formação da semente

Nas angiospermas a fecundação se dá quando o núcleo masculino (proveniente do grão de pólen) e o núcleo feminino (oosfera, proveniente do óvulo) se encontram, formando o zigoto, ainda no ovário da flor. O zigoto, uma célula simples, sofre então muitas divisões celulares e dá origem a um pequeno embrião, pluricelular.
O óvulo fecundado desenvolve-se formando então uma semente. Ela contém um embrião e substâncias nutritivas que o alimentarão quando a semente germinar.
A formação de uma ou mais sementes no interior de um ovário provoca o seu desenvolvimento e ele, crescendo muito origina um fruto, enquanto murcham todas as demais partes da flor.


Fonte: educar.sc.usp.br

Reino Animalia

- Caracterização

Atualmente são conhecidas cerca de 1 milhão de espécies pertencentes ao Reino Animal, enquanto outras estão sendo constantemente identificadas. Esses organismos, chamados genericamente de animais, possuem características comuns:
  • São peculiares, eucariontes e heterotróficos (grego hetero = outro, diferente; grego trophé = nutrição). Suas células não possuem parede celular.
  • Como são heterotróficos dependem, para sua nutrição, de outros seres vivos.
  • A maioria dos animais é capaz de se locomover. As espécies que não se locomovem são aquáticas e recebem os alimentos trazidos pela água.
  • A maioria dos animais possui sistema nervoso e é capaz de reagir rapidamente a estímulos.
  • A reprodução geralmente é sexuada (com troca de gametas).
Os animais dos filos citados na tabela 1 não possuem coluna vertebral, por isso são chamados de Invertebrados. Além desses filos, existe o filo dos Cordados. Os representantes desse filo possuem, durante a vida embrionária, três características: notocorda (eixo esquelético), fendas branquias (perfurações ao lado da faringe) e tubo nervoso dorsal (participa da formação do sistema nervoso). O filo dos cordados divide-se em 4 subfilos, dos quais veremos apenas o subfilo dos Vertebrados (tabela 2).
Tabela 1: Os invertebrados
Filo  Classes  Representantes  Características 
1. Poríferos  Calcários  Hexactinélidas 
Demospôngias 
Esponjas calcárias  Esponjas de vidro 
Esponjas de banho 
Aquáticos  Apresentam pontos na parede do corpo. Embora pluricelulares, não formam tecidos 
2. Celenterados  Hidrozoários  Cifozoários 
Astozoários 
Hidra e obélia  Águas-vivas 
Corais e anêmonas 
Aquáticos, formam tecidos, mas não formam órgãos.  Possuem cnidoblastos 
3. Platelmintos  Turbelários  Trematódeos 
Cestóides 
Planária  Esquistossomo 
Cestóideo 
Vermes de corpo achatado dorsoventralmente. De vida livre e parasitas 
4. Nematoda  Nematódeos  Lombriga, ancilóstomo  Vermes de corpo cilíndrico. De vida livre e parasitas 
5. Anelídeos  Oligoquetos  Poliquetos 
Hirudíneos 
Minhocas  Nereis 
Sanguessugas 
Vermes anelados. Vida livre em solos úmidos, água doce ou salgada. 
6. Artrópodos  Insetos  Moscas, barbeiros, borboletas  Corpo com cabeça, tórax e abdômen. Um par de antenas e três pares de patas. 

Crustáceos  Camarões, siris, caranguejos  Corpo com cefalotórax e abdômen. Dois pares de antenas e vários pares de patas. Maioria marinho 

Aracnídeos  Aranhas, escorpiões e carrapatos  Corpo com cefalotórax e abdômen. Não possuem antenas. Quatro pares de patas 

Quilópodos  Centopéias e lacraias  Anelados, um par de patas por anel e com um par de antenas. 

Diplópodos  Piolho-de-cobra  Anelados, com dois pares de patas por anel 
7. Moluscos  Gastrópodos  Pelecípodos 
Cefalópodos 
Caramujos  Ostras e mariscos 
Lulas e polvos 
Animais de corpo mole, geralmente com concha calcária. Marinhos, de água doce e terrestre. 
8. Equinodermos  Asteróides  Ofiuróides 
Equinóides 
Holoturóides 
Crinóides 
Estrelas-do-mar  Ofiúro 
Ouriço-do-mar 
Pepino-do-mar 
Lírio-do-mar 
Exclusivamente marinhos. Espinhos na superfície do corpo. Esqueleto interno formado por placas calcárias. 
Tabela 2: Os vertebrados
Subfilo  Classes  Representantes  Características 
Vertebrados  Peixes cartilaginosos 
 
 
  Peixes ósseos 
Tubarão, cação, raia, quimera. 
 
 
 
 
  Cavalo-marinho, bagre, dourado, cavalinha. 
Esqueleto cartilaginoso. Pecilotérmicos. Marinhos e dulcículas 
 
 
  Esqueleto ósseo. Pecilotérmicos. Marinhos e dulcículas. 

Anfíbios  Sapos, rãs, pererecas.  Na fase larval são aquáticos e, quando adultos, terrestres. Pecilotérmicos. 

Répteis  Cobra, jacaré, tartaruga.  Andar rastejante. Pecilotérmicos. Escamas ou placas córneas, adaptados ao ambiente terrestre. 

Aves  Ema, pingüim, tuiuiú, canário.  Capazes de voar. Dípedes. Homeotermos. Possuem bicos e penas. 

Mamíferos  Baleia, golfinho, morcego, homem, cachorro, vaca.  Tetrápodos. Possuem pêlos e glândulas mamárias. Homeotermos. 
Tendo em vista a extensão do Reino animal vamos abordar apenas os principais aspectos de cada filo ou subfilo.
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- Invertebrados
1 - Filo Porifera
O Filo Porífera (poríferos) é constituído pelas esponjas, animais sésseis (fixos) que vivem em ambiente marinho e de água doce.

Esponja
Quanto à forma, as esponjas podem ser tubulares, ramificadas globulares, em forma de copa etc.. Quanto à cor, em geral são cinzentas ou pardas. Encontram-se, contudo, esponjas vermelhas, amarelas, violetas, negras e azuis. Vivem reunidas em colônias que pode variar em tamanho de 1 milímetro a 2 metros.
O corpo das esponjas é recoberto por poros, daí o nome de Porifera (poros = poro, phorus = portador de) ao filo. As esponjas têm no ápice do corpo uma abertura denominada ósculo e internamente uma cavidade chamada átrio.
Os poríferos são animais filtradores: a água e os alimentos entram pelos poros, circulam pelo átrio, e pelo ósculo são eliminados juntamente com água os restos não-aproveitáveis.
As esponjas podem se reproduzir tanto assexuadamente, por brotamento, quanto sexuadamente.
Na reprodução por brotamento aparece um “broto” no corpo do animal que, depois de um determinado tempo pode soltar-se ou não e formar outro indivíduo.
2 - Filo Cnidaria
Os animais que compõem o grupo dos cnidários são aquáticos e quase todos marinhos.
Os cnidários compreendem as hidras, águas-vivas, caravelas, corais e as anêmonas-do-mar.
Possuem simetria radial, pois seu corpo pode ser dividido em vários planos de simetria, dispostos em raios.

Actínia (uma espécie de Anêmona
Nesse filo encontramos dois tipos de indivíduos: as medusas, que são natantes, e os pólipos, que são fixos. A forma pólipo é cilíndrica, com uma das extremidades apoiadas num substrato qualquer e a outra livre. A medusa é arredondada (forma de guarda-chuva) e de vida livre. Eles podem formar colônias, como é o caso dos corais (colônias sésseis), e das caravelas (colônias flutuantes).
Ao longo de todo o corpo do animal, mas em maior quantidade nos tentáculos, aparecem células especiais chamadas cnidoblastos que, quando tocadas, lançam para fora um filamento com um líquido urticante. Esse líquido pode provocar sérias queimaduras no ser humano. Os cnidoblastos participam também na captura de alimentos.
A reprodução dos cnidários pode ser sexuada e assexuada.
A reprodução assexuada pode ser feita por brotamento. A reprodução sexuada se faz por gametas, com fecundação externa (os gametas se unem na água) ou interna (no interior da fêmea).
Em muitos cnidários a reprodução assexuada se alterna com a reprodução sexuada, num ciclo que há também uma alternância das formas de pólipos e medusas. Esse tipo de reprodução é chamado alternância de gerações ou metagênese.
3 - Filo Platyhelminthes
Os platelmintos são vermes com o corpo achatado (plathyes = achatado; helminthes = verme ), também chamados de vermes em forma de fita.

Uma espécie de verme terrestre
São os primeiros animais a apresentar simetria bilateral. Isso quer dizer que esses animais têm o corpo formado por duas metades simétricas. Nós, por exemplo, somos bilaterais simétricos. Existe apenas um plano que divide imaginariamente nosso corpo em duas metades simétricas.
Alguns platelmintos, como as planárias, de vida livre, vivem na água ou na terra. Outros, como a tênia ou solitária e o esquistossomo, são parasitas de vertebrados, inclusive do homem.
A planária tem grande poder de regeneração: às vezes utiliza esta capacidade e divide-se assexuadamente ao meio. A metade anterior regenera a parte posterior e a metade posterior regenera a anterior.
Os platelmintos reproduzem-se, na grande maioria das vezes, sexualmente. Existem platelmintos hermafroditas (tênia e planetária) e platelmintos de sexos separados (esquistossomo).
Muitos platelmintos têm grande interesse médico pois causam doenças em vários animais, inclusive no homem. Para compreender como doenças são adquiridas, faz-se necessário o estudo do ciclo vital dos platelmintos parasitas.
Vejamos agora algumas doenças causadas por platelmintos:
  • Esquistossomose
A esquistossomose, também conhecida como barriga d'água, é doença causada pelo verme Schistosoma mansoni (esquistossomo). Esse verme parasita as veias do intestino, afetando também o fígado e as vias urinárias.

Ciclo da esquitossomose
A pessoa infectada, defecando em local inadequado, elimina os ovos do verme junto com as fezes. Se eles atingirem a água doce, desenvolvem-se em larvas chamadas miracídios. O miracídio precisa de um caramujo para continuar seu desenvolvimento. Não qualquer caramujo, mas só dos gêneros Biomphalaria e Planorbis. Após infestar o caramujo, o miracídio sofre inúmeras transformações e passa a chamar-se cercária. A cercária sai do caramujo e fica nas águas paradas dos lagos, açudes ou represas. Quando uma pessoa entra em contato com a água contaminada, seja lavando roupa, banhando-se ou brincando, a cercária penetra pela pele e circula através da corrente sangüínea, chegando ao fígado, onde torna-se adulta e o ciclo reinicia.
Como você pode perceber, o esquistossomo precisa de dois hospedeiros para se desenvolver completamente: um intermediário (que abriga as fases jovens do parasita) – o caramujo – e um definitivo (que abriga a fase adulta do verme) – o homem.
Sintomas : Os sinais e sintomas da esquistossomose têm relação com a localização dos vermes no organismo humano. Os doentes apresentam, geralmente, aumento do tamanho do fígado e do baço e do volume abdominal.
Profilaxia: A profilaxia da doença faz-se pelo combate ao caramujo, que é hospedeiro intermediário. São também importantes as medidas relativas à educação sanitária, desincentivando o uso de água parada como lugar para banhos.
  • Teníase
A tênia é também chamada de solitária pois geralmente encontra-se apenas um verme no corpo do hospedeiro. Há dois tipos de solitárias: a Taenia solium e a Taenia saginata. Ambas são parasitas intestinais e causam doença chamada teníase, sendo que uma adquire-se ingerindo a carne de porco contaminada (Taenia solium) e a outra carne de vaca (Taenia saginata).

Tênias
O corpo desses animais é dividido em partes chamadas proglotes. São animais hemafroditas capazes de se autofecundar, sendo que os espermatozóides de uma proglote fecundam os óvulos de outra proglote de um mesmo animal. As proglotes depois de fecundadas e cheias de ovos são chamadas proglotes grávidas.
Junto com as fezes de um indivíduo contaminado saem as proglotes cheias de ovos. Esses ovos podem ser ingeridos por um porco ou vaca. Dentro do corpo do animal esses ovos dão origem a larvas que perfuram a parede do intestino e são conduzidas pelo sangue até os músculos (carne). Aí elas se desenvolvem, formando uma bolinha branca chamada cisticerco, também conhecida como canjiquinha e pipoca. Se o homem comer essa carne mal cozida ou mal passada, os cisticercos poderão desenvolver-se em seu intestino, dando origem a uma tênia.
Sintomas: Os sintomas da teníase são dores abdominais, alterações no apetite, diarréias e ocasionais nervosismos. A teníase é muito prejudicial à saúde, pois a tênia consome praticamente todo o alimento que a pessoa ingere, deixando-a bastante fraca.
Profilaxia : A profilaxia pode ser feita evitando-se comer carnes de porco ou de boi mal cozidas; através da construção de sanitários em locais adequados; do tratamento da água dos esgotos e da inspeção rigorosa da carne de porco e de boi nos abatedouros dos açougues.
Há uma forma ainda mais grave dessa doença que recebe o nome de cisticercose. Grave, e às vezes fatal, essa doença é contraída através da ingestão de ovos do verme em frutas ou verduras mal-lavadas. Quando isso acontece, repete-se no organismo humano aquilo que acontece no boi ou no porco: os ovos dão origem a larvas que atravessam a parede intestinal e atingem órgãos como o globo ocular, os pulmões e o cérebro. Os sintomas dessa doença dependem da localização dos cisticercos.
4 - Filo Nematoda
Os nematódeos (nemathos = fio, helminthyes = verme) são vermes, como o próprio nome diz, de corpo alongado e cilíndrico assemelhando-se a um fio.

Áscaris
Estes vermes podem ser de vida livre ou parasitas. Os de vida livre são geralmente microscópicos e podem ser aquáticos ou terrestres.
Os parasitas podem causar doenças em plantas e animais.
A seguir veremos os principais nematódeos parasitas do homem.
Vermes 
Doença 
Contaminação 
Sintomas 
Profilaxia 
Ancylostoma duodenale e Necator americanus Ambos causam amarelão 
  • andar descalço: as larvas penetram na sola do pé 
  • ingestão de ovos do verme 
Anemia, diarréia, úlceras intestinais e geofagia (vontade de comer terra). 
  • cuidados com o local de decomposição de fezes humanas para que os ovos do verme não cheguem ao solo 
  • uso de calçados 
  • evitar contaminação de alimentos 
Ascaris lumbricoides  Ascaridíase ou lombriga  Ingestão de ovos do verme  Falta de apetite, dor no abdômen, diarréia ou prisão de ventre e as vezes vômitos  Tomar água filtrada, clorada ou fervida. As verduras devem ser lavadas cuidadosamente antes de consumidas 
Wuchereria bancrofti  Elefantíase ou filariose  Transmissão de larvas do verme através da picada do mosquito Culex fatigans Hipertrofia (aumento) das regiões afetadas (pernas, mamas ou saco escrotal)  Combate ao mosquito transmissor em sua fase adulta ou larvária 
Ancylostoma brasiliensis  Bicho geográfico  Através da penetração das larvas (presentes nas fezes de gato e cachorro) na pele  Marcas na pelo por onde a larva passa, coceira e irritação no local  Evitar contato com fezes de animal, principalmente cães e gatos 
Enterobius vermicularis  Oxiuríase ou oxiurose  Ingestão de ovos junto aos alimentos; auto-infecção (levam os ovos da região perianal à boca)  Prurido anal (geralmente à noite)  Roupa de cama bem lavada; unhas cortadas rentes; higiene pessoal; tratamento de todas as pessoas infectadas na família. 
5- Filo Annelida
Os anelídeos são animais com o corpo segmentado em anéis, característica que deu nome ao filo.

Um anelídeo
Alguns vivem no mar, outras na água e na terra, enquanto outros são exclusivamente terrestres.
Os anelídeos têm aparelho digestório completo, com boca e ânus. A respiração é cutânea ou através de brânquias modificadas (nos aquáticos). Os anelídeos são divididos em três classes: poliquetas, oligoquetas e hirudíneos. Essa classificação foi feita com base na presença e no número de filamentos locomotores, as cerdas. Vejamos a seguir as características de cada uma dessas classes:
  • Polychaetas (Poliquetos)
Animais marinhos com muitas cerdas, inseridas em projeções laterais ao corpo chamadas parapódios. O primeiro anel do corpo desses animais forma a cabeça que é destacada do resto do corpo do animal. Raramente são hermafroditas; a maioria possui sexos separados. Exemplos: nereida, sérpula etc..
  • Oligochaetas (Oligoquetos)
Animais com poucas cerdas, geralmente terrestres. Respiram pela pele e apresentam como característica típica o clitelo, que é o órgão responsável pela produção do casulo, onde neste se abrigam os ovos. As minhocas são representantes típicos dessa classe. São hemafroditas mas a reprodução ocorre por fecundação cruzada (dois indivíduos trocam espermatozóides entre si).
As minhocas vivem sob o solo, onde cavam túneis e galerias com movimentos ondulatórios do corpo. Dessa forma, elas arejam o solo, tornando possível a respiração das raízes dos vegetais. São por isso úteis à agricultura.
  • Hirudinea (Hirudíneos)
São animais que não possuem cerdas, com ventosas ao redor da boca e na região posterior do corpo que auxiliam na locomoção. Podem ser aquáticos e terrestres. As sanguessugas representam essa classe. Algumas sanguessugas são parasitas externos, alimentando-se de sangue. Nesse caso fixam-se à pele do hospedeiro por meio das ventosas.
Uma sangria O Médico entra no quarto com sua maleta, retira dela um frasco de vidro e senta-se ao lado da cama onde está o paciente deitado de bruços com as costas nuas. Ele abre o frasco, pega com uma pinça cinco sanguessugas e os coloca sobre as costas do paciente que se mexe impacientemente.
Após uns 15 minutos, o médico retira os animais que haviam se prendido fortemente na pele, por ventosas, e os coloca nos vidros. Cada um tem então aspecto volumoso e rígido.
O médico limpa os pequenos cortes na pele do homem e pergunta como se sente. Ouve a resposta “parece que estou melhor”.
Essa história é uma descrição de uma sangria, feita com Hirudo medicinalis, ou seja, a sanguessuga medicinal. Antigamente, essa era uma prática comum para diminuir a pressão arterial de pessoas que sofriam de hipertensão (pressão alta).
6- Filo Arthropoda
Os artrópodes constituem o grupo animal mais numeroso existente na Terra: de cada quatro animais existentes, três são artrópodes! Esses animais vivem em todos os ambientes: marinhos, fluvial, terrestre e mesmo aéreo.
Os representantes desse filo recebem esse nome porque possuem pernas articuladas (arthros = articulação, podos = pés) . Não são somente as pernas que possuem articulações, mas sim todas as demais extremidades, como por exemplo, as antenas e as peças bucais.
O esqueleto dos artrópodes é externo, recebendo por isso o nome de exoesqueleto. É muito resistente, formado por uma substância chamada quitina e por sais de cálcio. A casquinha de siri, do besouro, da cigarra e do camarão são exemplos de exoesqueleto.
O exoesqueleto não cresce junto com o animal. Assim, de tempos em tempos, é preciso trocá-lo, do mesmo modo que trocamos nossos sapatos e roupas quando eles se tornam apertados. Essa troca de exoesqueleto chama-se muda.
O corpo dos artrópodes é, geralmente, dividido em cabeça, tórax e abdômen. Alguns, como a lacraia, têm corpo dividido em vários segmentos, enquanto outros, como a aranha, possuem a cabeça e o tórax formando uma única peça chamada cefalotórax.
De acordo com as características que apresentam, os artrópodes podem ser divididos em três subfilos: Crustacea, Chelicerata (que envolve a classe Arachnida), e Uniramia (que envolve as classes Insecta, Chilopoda e Diplopoda).
Vejamos as principais características de cada um:
  • Subfilo Crustacea
São descritas aproximadamente 38 mil espécies de crustáceos. São animais predominantemente aquáticos, de água doce ou marinhos. Vivem também nas areias das praias, como os caranguejos, e em terra úmida, como os tatuzinhos-de-jardim. A variedade de forma dentre os crustáceos é muito grande. Existem indivíduos macroscópicos e muitas formas microscópicas.
São característicos por possuírem:
  • Corpo dividido em cefalotórax e abdômen;
  • Dois pares de antenas;
  • Cinco ou mais pares de pernas;
  • Respiração branquial.
  • São exemplos de crustáceos: lagosta, camarão, siri, caranguejo, craca etc.
    • Subfilo Chelicerata
    Os membros deste grupo diferem na forma do corpo e natureza das suas extremidades. São principalmente terrestres, pequenos, de vida livre e a grande maioria é mais numerosa em regiões quentes e secas do que em outros lugares. muitos possuem glândulas venenosas e mandíbulas ou ferrões venenosos, com os quais matam insetos e outros animais pequenos, cujos líquidos e tecidos moles sugam como alimento. O corpo de um quelicerado é dividido em cefalotórax e um abdômen. Nenhum possui antenas, sendo o único subfilo dos artrópodos no qual elas se encontram ausentes. O primeiro par de apêndices são estruturas alimentares, chamadas quelíceras. O segundo são os pedipalpos e encontram-se modificados para realizar diferentes funções nas diversas classes. Os pedipalpos são geralmente seguidos por quatro pares de patas.

    Escorpião
    Os aracnídeos são animais predominantemente terrestres, vivendo sob pedras, troncos ou buracos construídos em barrancos.
    Esses animais são representados pelos carrapatos, aranhas, escorpiões opiliões, ácaros etc.
    Os escorpiões são os mais antigos artrópodos terrestres conhecidos. Seus palpos foram modificados em grandes pinças que auxiliam na defesa e alimentação.
    Durante a estação de acasalamento, o macho perambula até encontrar uma fêmea, com quem inicia uma prolongada corte.
    As aranhas desenvolveram especialidades, como glândulas capazes de produzir seda, com a qual confeccionam a teia. Nestes animais, os pedipalpos possuem funções reprodutoras.
    São conhecidas atualmente 32 mil espécies de aranhas.
    Os ácaros e carrapatos possuem uma grande importância para o homem, pois podem ser parasitas de pessoas, animais e plantas , sendo transmissores de doenças.
    • Subfilo Uniramia

    Uma espécie de escaravelho
    Os insetos vivem em quase todos os ambientes: ar, terra e na superfície da água. São os únicos artrópodes capazes de voar.
    Os insetos têm as seguintes características:
    • Corpo dividido em cabeça , tórax e abdômen;
    • Três pares de patas;
    • Respiração traqueal;
    • Os insetos têm sexos separados e sua fecundação é interna. São animais ovíparos que podem apresentar três tipos de desenvolvimento: 1) Direto, sem metamorfose: desenvolvimento ametábolo (a = sem, metabolos = mudança). Do ovo eclode um jovem semelhante ao adulto. Ex.: traça de livro. 2) Indireto, com metamorfose gradual ou incompleta: desenvolvimento hemimetábolo (hemis = meio). Do ovo eclode uma forma chamada ninfa, que é semelhante ao adulto, mas que não tem asas desenvolvidas. Ex.: gafanhoto, barata, percevejo. 3) Indireto, com metamorfose completa: desenvolvimento holometábolo (holos = total). Do ovo eclode uma larva, bastante distinta do adulto. Essa larva passa por um período em que se alimenta ativamente, depois de um certo tempo secreta um casulo que o envolve esse estágio chama-se pupa, quando ocorre a metamorfose. Dentro do casulo, a larva transforma-se no adulto, que emerge completamente formado. Ex.: borboleta, mosca etc.
    Mosquito Aedes Aegypt
    Alguns insetos holometábolos possuem a fase larval aquática, como é o caso de importantes mosquitos vetores de doenças, exemplos: Culex, que transmite a elefantíase. Anopheles, que transmite a malária e Aedes aegypti, que transmite a dengue e a febre amarela
    Os quilópodos e os diplópodos são chamados popularmente de Miriápodos (mil pés), pois tais animais são caracterizados pelo grande número de patas que possuem.
    São exclusivamente terrestres, vivem ao abrigo da luz, lugares úmidos sob folhas, madeiras, pedras etc.
    A coloração do corpo desses animais geralmente é escura, podendo ser parda clara ou com tons alaranjados.
    Os quilópodos têm o corpo achatado dorsoventralmente, dividido em cabeça e tronco segmentado: apresentam um par de antenas. Há um par de patas por segmento do corpo, sendo que o primeiro segmento é dotado de estruturas para injetar veneno, denominado forcípulas. São animais carnívoros, de deslocamento rápido, com tamanho variado de 1 cm a 20 cm, genericamente chamados de lacraias ou centopéias.

    Lacraia
    Os diplópodos têm o corpo cilíndrico e não possuem forcípulas: seu tronco apresenta dois pares de patas por segmento, com exceção do primeiro. São animais herbívoros e de deslocamento lento, que se enrolam quando são atacados e possuem glândulas que liberam líquidos repugnantes. São denominados embuás ou piolho de cobra.

    Piolho de cobra
    7 - Filo Mollusca A pérola é formada entre o manto e a concha pela sucessiva deposição de madrepérola em torno de um grãozinho de areia, um fragmento de concha ou em torno de vermes microscópicos que ali tenham penetrado.

    Caramujos
    Os moluscos constituem um dos maiores filos animais, incluindo formas como ostras, caramujos, lulas e polvos. Esses animais são, aparentemente, diferentes entre si. Possuem no entanto, características em comum que os incluem no mesmo grupo.
    O temo molusco deriva-se do grego mollis, que significa mole. O grupo dos moluscos apresenta geralmente três partes especializadas: a cabeça, com a boca e os órgãos sensoriais: o , geralmente adaptado para locomoção; e a massa visceral, que aloja os órgão internos. Essa região é revestida por uma dobra da pele, chamada manto, responsável pela produção da concha. Os moluscos são na maioria aquáticos.
    Esses animais geralmente possuem uma concha que pode ser externa, formada por uma só peça, como no caso dos caramujos; ou formadas por duas peças, como no caso das ostras. Entretanto, nem todos os moluscos a possuem. A lula, por exemplo, apresenta uma concha interna reduzida, enquanto a lesma e o caracol não possuem nenhuma.
    O grupo dos moluscos é muito numeroso e variado. Há moluscos de grande importância econômica, como as ostras utilizadas na alimentação e as produtoras de pérolas.
    8- Filo Echinodermata
    Os equinodermos são animais exclusivamente marinhos, encontrados ao longo da costa e do fundo do mar. Alguns vivem fixos e os que se locomovem o fazem lentamente.
    São exemplos de equinodermos: estrela-do-mar, ouriço-do-mar, pepino-do-mar, bolacha-da-praia etc..

    Estrela-do- mar
    Todos os equinodermos apresentam espinhos na pele: característica que deu nome a este grupo de animais (esquino = espinho, derma = pele). Em alguns, como no pepino-do-mar, os espinhos são atrofiados; em outros, como no ouriço-do-mar, são fortes e bem desenvolvidos.
    Esses animais apresentam um esqueleto interno formado por placas calcárias. Essa característica os diferencia da grande maioria dos invertebrados que possuem um esqueleto externo, como no caso dos artrópodes.
    As principais características que esses animais apresentam e que os diferenciam dos demais são:
    • Abaixo da pele, há uma carapaça, de onde saem os espinhos também calcários;
    • Um aparelho ambulacrário, que participa da movimentação, da respiração, da excreção e da circulação desses animais:
    • corpo com simetria radial.

    Subfilo Vertebrata

    1 – Superclasse Pisces

    Os peixes são animais aquáticos e um dos mais primitivos dentre os vertebrados. Os animais desse grupo têm o corpo fusiforme o que faz com que sejam excelentes nadadores.
    O coração apresenta duas cavidades, uma aurícula e um ventrículo, por onde só passa o sangue venoso.
    São divididos em 2 classes: os peixes ósseos (Osteichthyes) e os peixes cartilaginosos (Chondrichthyes).
    Os peixes cartilaginosos compreendem os tubarões, os cações, e as raias e as quimeras. Apresentam as seguintes características:
    • Pele com muitas glândulas mucosas e recoberta por pequenas escamas;
    • Esqueleto cartilaginoso;
    • Boca ventral e cloaca (bolsa na qual terminam os sistemas digestivo, urinário e reprodutor);
    • Respiração branquial;
    • Ausência de bexiga natatória;
    • Reprodução sexuada com fecundação interna;
    • Temperatura corporal variável com o ambiente (pecilotérmicos).
    Os peixes ósseos englobam espécies como o bonito, o baiacu, o bagre, a sardinha, o cavalo-marinho etc.. Apresentam como características:
    • Pele com muitas glândulas mucosas, geralmente recoberta de escamas;
    • Uma linha lateral de cada lado do corpo, contendo órgãos sensíveis às vibrações da água circundante;
    • Boca anterior;
    • Esqueleto ósseo;
    • Respiração por pares de brânquias cobertas por uma placa chamada opérculo;
    • Bexiga natatória geralmente presente;
    • Reprodução sexuada; geralmente são ovíparos;
    • Temperatura corporal variável com o ambiente (pecilotérmicos).
    Superclasse Tetrapoda

    1 – Classe Amphibia

    Os únicos anfíbios que possuem veneno são algumas espécies de sapos, onde tal veneno é produzido em glândulas denominadas paratóides. Mas o sapo não possui nenhuma estrutura para injetar o veneno, sendo este eliminado pela compressão das glândulas, o que ocorre quando são abocanhados por um predador. Se atingir os olhos, o veneno pode provocar irritação muito forte. Os anfíbios (amphis = duplo; bios = vida-) compreendem os sapos, rãs, pererecas, salamandras e cobras-cegas. São animais de quatro patas (tetrápodos). Quando adultos geralmente respiram por pulmões, mas suas larvas (girinos) vivem na água e têm respiração branquial. Os anfíbios não apresentam escamas. Seu corpo é recoberto por uma pele lisa, fina e umedecida pela secreção de glândulas, de tal modo que parte da respiração se faz pela pele (respiração cutânea). São animais pecilotérmicos.
    O coração apresenta-se formado por três cavidades, duas aurículas e um ventrículo. No ventrículo ocorre ampla mistura entre sangue venoso e sangue arterial.
    Os anfíbios dependem da água, onde ocorre a fecundação. O ovo origina uma larva com respiração branquial, que posteriormente sofre metamorfose, transformando-se em um adulto com respiração pulmonar. É daí que provém o nome da classe, uma vez que os anfíbios têm uma vida aquática quando jovens e outra terrestre quando adulto. Usando como critérios sistemáticos a presença ou ausência de patas e cauda nos adultos, a classe dos anfíbios é dividida em três ordens:
    • Anura – sem cauda e com patas. Ex.: sapos, pererecas, rãs.
    • Urodela – com cauda e com patas. Ex.: salamandras e tritões.
    • Ápoda – com cauda e sem patas. Ex.: cobra-cega.

    2 – Classe Reptila

    Os répteis mais temidos são, sem dúvida, as serpentes. Na natureza não há vilões. Não mate serpentes simplesmente pelo fato de estarem vivas. Elas mantêm o equilíbrio natural, comendo roedores, que transmitem doenças e dão prejuízos nas plantações e paióis. Os répteis compreendem as tartarugas, serpentes, lagartos, jacarés e crocodilos. São animais tetrápodos ou ápodos. Seu corpo é recoberto por escamas ou por placas córneas. Têm respiração pulmonar e o coração apresenta-se formado por quatro câmaras, duas aurículas e dois ventrículos. A separação entre os ventrículos não é completa, de modo que ocorre certa mistura do sangue venoso com o arterial.
     
     

    Os répteis apresentam fecundação interna e são na maioria ovíparos. Alguns porém são ovovivíparos. Assim como os anfíbios os répteis são animais pecilotérmicos.
    A classe dos répteis pode ser dividida em três ordens principais:
    • Chelonia: tartarugas, cágados e jabutis;
    • Crocodilia: jacarés e crocodilos
    • Lepidosauria: tuatara, lagartos, serpentes e cobras-de-duas-cabeças.

    O sucesso dos répteis

    Quando os répteis apareceram no mundo, surgiram com uma inovação – as fêmeas após serem fecundadas desenvolviam um ovo com casca dura, capaz de ser chocada na areia, ao Sol, mas em terra e não na água. Isso facilitou a vida dos répteis, pois eles puderam conquistar novas áreas, mesmo longe da água. Você sabe que existe cobras e lagartos até nos desertos?

    Venenosos ou peçonhentos?

    Todo ser vivo capaz de produzir substância tóxica (veneno) para outro ser é dito venenoso. Os seres vivos que, além de produzirem essas substâncias também possuem estruturas especiais para a inoculação (introdução) do veneno, são chamados peçonhentos.
    Portanto um sapo pode ser venenoso, enquanto que algumas cobras são ditas peçonhentas assim como também são considerados peçonhentos uma vespa e um escorpião.
    No Brasil as cobras peçonhentas são: as jararacas, urutus, cascavéis, surucucus e a coral verdadeira.

    4 – Classe Aves

    Embora comumente consideradas bípedes, pois andam sobre apenas dois membros, as aves são na verdade, tetrápodos. Os membros anteriores transformam-se em asas, órgãos fundamentais para o vôo. São animais com o corpo recoberto de penas, sem dentes e com um bico córneo. Apresentam os membros anteriores transformados em asas que lhe permitem voar.
     
     


    A respiração é pulmonar, e o coração é dividido em quatro câmaras (duas aurículas e dois ventrículos), não ocorrendo mistura entre o sangue venoso e o sangue arterial.
    As aves são animais homeotermos, isto é, possuem mecanismos de manutenção da temperatura corporal, a qual mantém-se constante independentemente da temperatura ambiente.
    A fecundação é interna e são ovíparas.
    O vôo das Aves Muito importantes para o vôo das aves são as formas do corpo e das asas, que oferecem mínima resistência à passagem do ar.
    Os movimentos das asas dependem de músculos situados no peito. Nas aves voadoras, o osso do peito, chamado esterno, possui uma quilha, onde se prendem músculos bem desenvolvidos que movimentam as asas.
    As aves apresentam outras adaptações para o vôo. Uma delas são os sacos aéreos. Trata-se de cinco pares de sacos cheios de ar que se ramificam a partir dos pulmões. Esses sacos penetram entre os órgãos e chegam ao interior dos ossos pneumáticos, outra adaptação importante nas aves.
    Os ossos pneumáticos são ossos muito leves, com cavidades que se enchem de ar diminuindo assim o peso da ave. Finalmente, também concorre para a redução de peso a não-retenção de urina e fezes, que são eliminados logo após a sua formação.

    5 – Classe Mammalia

    Os mamíferos compreendem o homem, o macaco, o boi, o cachorro, o gato, a baleia, o morcego etc.. A principal característica dos mamíferos é a presença de glândulas mamárias nas fêmeas, daí o nome que receberam (do latim: mamma = mama, teta: feros = portador).
    Outra característica importante nos mamíferos é a presença de pêlos recobrindo o corpo.
    Além das glândulas mamárias, os mamíferos possuem outras glândulas, que não as sebáceas, as sudoríparas, as lacrimais e as odoríferas. Todos os mamíferos são homeotermos e têm respiração pulmonar, inclusive os aquáticos como a baleia, o golfinho e o peixe-boi.
    Uma outra característica importante nos mamíferos é a presença do diafragma (músculos que separa o tórax do abdômen, cujos movimentos relacionam-se com a entrada de ar nos pulmões e com sua saída).
    Os mamíferos são animais vivíparos (as fêmeas parem as crias já completamente formadas) e com fecundação interna.
    O coração é dividido em quatro câmaras (duas aurículas e dois ventrículos), não ocorrendo mistura entre o sangue venoso e o sangue arterial.
    O sucesso dos mamíferos
    A grande vantagem apresentada pelos mamíferos é a capacidade das fêmeas gerarem seus filhotes dentro do ventre. E isso só se tornou possível para os mamíferos porque neles as fêmeas possuem um órgão chamado útero, em cujo interior de desenvolve um embrião. No útero também se forma a placenta, que faz a ligação entre o filho e a mãe. A placenta permite ao embrião nutrir-se e respirar dentro do ventre da mãe, através do sangue dela. Depois que o filhote nasce, a placenta é expelida (eliminada) pela mãe.

    Fonte:http://educar.sc.usp.br